Começou minha jornada. Já escrevo da bela Florença.
Saí de casa com o coração apertado, pensando se tinha colocado tudo na mala, se ia precisar de algo. Um pouco incerta, saí.
Dirigindo para o aeroporto, minha mãe deixou, estava tranquila. Não ia voltar pra trás. Estava decidido.
Despachei as malas, encontrei a Ninu e almoçamos uma pizza com um papo descontraído, mas lá escondido, estávamos todos tensos.
Eu, mamis, Math e Ninu sem muito o que falar da viagem que cada vez mais se aproximava. Terminar pizza era estar mais próximo do até a volta e queríamos aproveitar os minutinhos todos.
Perto da hora do embarque, disse tchau pros 3 e meu irmão se manteve firme, a Ninu empolgada e minha mãe contente e emocionada com a filha que ela entregava ao mundo.
Umas lágrimas caem agora de lembrar, mas estou ótima.
Entrei no avião para Munique, e os momentos que não dormi, passei tentando voltar a dormir.
O cheiro da janta não passou nem perto de agradar meu estômago e comi só pãozinho, polenguinho e o resto male male. Não passei mal, mas por pouco me controlei e dormir foi a saída.
Saindo do avião, tinha umas pessoas parando os passageiros e entendi o que era quando vi o distintivo da policial alemã pairando na minha frente. Parei, respondi em inglês que ia para Florença estudar, ela pediu meu passaporte, os documentos da faculdade e antes de me deixar passar perguntou se eu tinha bebida alcoólica.
Passei tranquila e fui direto pra sala de embarque do próximo voo.
Foi um bom momento para o meu estômago quando tomei um copão de suco de laranja fresca, feito na hora com gominhos e tudo.
No avião pra Florença eu dormi mais um pouco e acordei com o barulho do carrinho de bebidas. Pedi uma água que foi colocada gentilmente na bandeja do meu lado, a moça viu que eu estava toda sonolenta. Quando consegui processar tudo, vi que do meu lado além da água, ela tinha deixado meu lanchinho, mesmo eu estando dormindo! Boazinha demais ela....
Assim, de barriga acalmada, com duas malas e mochila, peguei o táxi para o alojamento estudantil.
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