terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Recordando Firenze: Ninjutsu

É interessante quando penso nas coisas que fiz na Itália. Foi todo um ano diferente, que hoje processo de um modo meio saudosista no meu cérebro. Mas queria falar no ninjutsu.

Treino desde 2008 com o Sensei Fernando e confio no que ele ensina. Confio mesmo, sem me importar com história, passado medieval japonês e regras burocráticas sobre de onde veio o que.
Na Itália, acabei encontrando uma academia e gostei da aula do sensei. Nem sabia que era Bujinkan e não sabia o que era Bujinkan por isso quando meu feeling me disse que seria bom confiei nele.

Quando descobri a trapalhada toda da bujinkan aqui no Brasil, fiquei meio chateada mas logo depois descobri que lá não era Bujinkan. Conversando mais com o pessoal que treinava acabei entendo que a bujinkan fez toda uma confusão mundial e na verdade ali era uma das poucas academias que realmente ensinam o que o Shihan master da Bujinkan ensinou.

Acabei então entrando num seleto grupo de pessoas que treinam uma arte milenar e o sensei ali era aprendiz do aprendiz do Japonês de cabelo azul, conhecido também como Hatsumi.

Hatsumi -> Kacem -> Francesco

Com o Fran, ele também não gostava que ficasse chamando ele de sensei, acabei conhecendo umas cidades vizinhas a Firenze, sempre pra ir treinar com outra academia, ou participar de algum evento. E teve o seminário com o Kacem, que foi sensacional.

O Kacem master me paquerou, mas o cara era assustadoramente bom e fiquei muito contente de treinar com ele e conhecê-lo.

No meu dojo, o próprio Fran com sua barba com design maluco e uns olhos azuis fulminantes era fora de série.
Eu gostava muito do Andrea também e do jeito chato dele. O sensei já gostou de mim desde o primeiro dia, a mulher dele me contou que ele ficava falando que eu era aplicada, aprendia direitinho as coisas. Mas quando o Andrea falou que gostava de mim também eu fiquei bem contente, porque ele nunca gostava de ninguém que aparecia pra treinar. E ele se vestia super bem também.
Foi um grupo bem engraçado e me diverti demais com eles.
Ótimas recordações.
Ótimas lições.

O sensei Fernando disse que minha postura estava diferente para lutar quando voltei e treinei com ele.
Comecei o ninjutsu lá na Itália como se fosse uma arte que eu desconhecia, dadas as diferenças de base e didático entre os mestres. Mas no final, eu sou uma só, e o momento de luta acabei juntando o que aprendi. E como sempre, acabo usando alguns aprendizados do Ninjutsu nas outras coisas, e não é diferente com o que aprendi na Itália.
Afinal, a Itália me mudou.

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