segunda-feira, 28 de março de 2016

Sudaka 2016

Viajar é algo que gosto de fazer. Jogar também, Juntar as duas coisas é uma beleza.
Fui de novo pra Buenos Aires para jogar um torneio chamado Espírito Sudaka.
Fui, depois de pensar em jogar com uma equipe chilena ou uma uruguaia, com o SoulFrisbee em um contexto completamente diferente do ano passado.
Minha cabeça como jogadora mudou muito desde então e consegui aprender a tempo de viajar como encarar os possíveis problemas que poderiam acontecer com o time.
Dentro do campo não tive surpresas mas o diferencial desse torneio é que viajei com o Victor. Isso foi novidade.
Cheguei a pensar que teria dificuldade em conciliar as coisas mas não. Flui tudo tão fácil com ele que nem precisei mudar nada que eu costumo fazer.
Encontrei alguns jogadores do ano passado que marcaram e conversamos, novos jogadores que ficaram amigos por coincidências, porque foram marcados no jogo ou porque queriam trocar as camisas.
É um campeonato, todos querem ganhar mas todos se respeitam. Algumas rivalidades acabam gerando maus jogos mas não é o normal.
Individualmente joguei melhor que o outro ano, fiz passes pra gol, defesas, gols. Fiz um gol que o Victor passou e fiz um passe pra gol do Victor. Coisas engraçadas que acontecem. Um dos cheers rolou beijo dos casais dos times, também ganhei o meu e o que gosto nesse esporte é poder perder uma partida e poder sorrir pro adversário que ganhou porque sabe que ele não vai te menosprezar e vai tentar te lembrar de alguma coisa boa da partida.
E isso me fez parar de jogar bola e me dedicar ao frisbee, e que é uma coisa que está em falta no mundo.
Respeito.

Repetimos a colocação do ano passado, 6º lugar no geral, pq nos classificamos mal e enfrentamos nas quartas de final os que viriam a se tornar os campeões do torneio. Perdemos de 15 a 13 pros espartanos, que venceram a final por 15 a 5. Fomos o time mais difícil que eles enfrentaram no placar e saímos satisfeitos dessa derrota porque entregamos tudo que tínhamos pra vencer. Mesmo sem conseguir o ultimate permite essa sensação boa depois da derrota e saber que seu adversário gostou do desafio é uma ótima sensação.
Nosso espírito não foi bom, mas a equipe estava meio quebrada mentalmente. Detalhes chatos que não precisam entrar aqui.
De tudo, gostei de compartilhar o apto com pessoas que gosto e compartilhar o quarto com uma que gosto muito. Gostei de conseguir marcar bem as adversárias, de fazer defesa no cup, gol, assistência. Gostei de reencontrar as pessoas e conversar. Gostei de ver a final abraçada e de só bater a mão nos momentos de jogo. Gostei de beijar quando ganhei e quando fiz o passe pro gol e ainda mais no cheers. Gostei que tudo deu certo e de ter lembranças boas com boas pessoas.


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