quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Analisando-me

7 anos de blog. Muita coisa registrada. De útil a inútil, de supérfluas e indiretas a não muito diretas e profundas. Estava procurando um post que falasse sobre relacionamentos. Com um olhar mais curioso, de quem não achou o que estava procurando, acabei identificando uma própria evolução nas entrelinhas dos posts, que vou tentar expor nessa retrospectiva.

2009 é o começo do blog e os posts basicamente contem pensamentos imediatos nem um pouco desenvolvidos e muita coisa copiada da internet de sites de humor bobinho.

2010 é um novo começo. Mudei de faculdade e muitas perspectivas mudaram. Passei a tentar formar algo mais com formato de diário mesmo, falando das expectativas do que podia acontecer e das minhas peripécias nas coisas acontecidas. Ainda superficial com relação a sentimentos, o primeiro post que revela algo mais denso aparece só em setembro, como um desabafo sobre minha avó hospitalizada. Então, quase no fim de 2010 aparece o primeiro texto-poema chamado Escolha, que tem um pouco mais de maturidade na escrita, com esboço da forma que escrevo alguns posts hoje.

Então 2011 começa na mesma onda que estava 2010, sem nada muito trabalhado e os posts ainda naquela mistura de diário com bobeiras engraçadas da internet. Mas mais uma vez em setembro algo gera um post mais denso, chamado Pedaços. Ele traz uma temática heartbreaker que dura mais uns 2 ou 3 posts e termina no fim de 2011 com Resposta da questão, onde parece que eu encerro o assunto da minha parte.

Paro aqui pra analisar a minha trajetória. Até aqui eu estava provando um jeito de viver bem tranquilo. Tinha tanta coisa pra me ocupar e pra descobrir sobre mim que eu não conseguia pensar em me relacionar com alguém. Em um momento anterior até pensei nessa possibilidade, mas a desilusão amorosa me levou pra um caminho defensivo que queria saber só de mim e mais nada.

2012 tem um tom novo, cheio de dúvidas sobre minha liberdade e o que quero fazer da vida. Um post de março resume bem como consegui ser aprovada no intercâmbio e a partir daí começa uma série sobre o acaso e o dilema ir ou não ir pro intercâmbio. E quando decido que vou, começam os posts reflexivos sobre o que acontece com o que fica. A parte de 2012 no intercâmbio volta a ter o tom de diário com a intenção de registrar o que eu vivia por lá, mas tem um único poema saudoso. Estava curtindo o auge da minha liberdade, provando os lados bons e ruins do começar do zero. E achei uma pérola em italiano, o desabafo e a cicatrização definitiva da ferida antiga, dos posts de 2011. Forse é a conclusão dessa primeira jornada.

2013 estou em Florença. Que espetáculo. O inverno tinha me castigado mas eu levantei com tudo e iniciei a exploração e o meu descobrimento. Peguei a mochila e viajei mais do que poderia. Os posts falam disso e chega um momento que estou vivendo tanto que não paro pra escrever mais nada de interessante. O fim do intercâmbio é acompanhado dos 3 posts de julho, sendo que um deles eu não sei de onde veio.
Posso dizer que o semestre não registrado de 2013 passei por muita coisa maluca. Estava meio perdida descreve bem esse tempo. Toda intensidade tinha que ser colocada de volta no recipiente rotineiro. Eu era um leão selvagem recém colocado com outros num zoológico.
Comecei a me reencontrar quando fui pro Chile e conheci a irmã da Loreto. Nós 3 saímos pra passear sob a cordilheira dos Andes e comecei a me reestruturar. A ficha da garota que tinha ido pro intercâmbio caiu pra dar espaço pra eu construir em cima de tudo que tinha aprendido. Foi um toque feminino que eu ainda não tinha escutado, e foi essencial.
Retomei o blog numa lerdeza, mais porque precisava de um lugar particular pra expiar meus pensamentos. Vivia uma problemática pra me readaptar ainda em dezembro, e dezembro também cortei muitos laços com pessoas que finalmente percebi que me ancoravam. Nesse momento eu percebo hoje que era o passo necessário pra eu poder iniciar a minha preocupação com os relacionamentos.

2014 ia começar do zero em diversos aspectos e isso me deu muita energia. Poucos posts de um ano em que muita coisa aconteceu. Os primeiros meses de 2014 foram um pouco conturbados, verdade, mas serviram pra me guiar estilo terapia de choque. As besteiras foram necessárias pra me colocar no caminho certo.

2015 foi um ano diferente, efetivamente ele está encerrado desde o dia 23 de dezembro pra mim. Experimentei um lado meu que eu não conhecia e que eu gostei bastante, apesar de ser um pouco frágil demais pro meu lado racional.
São poucos posts nesses 2 anos que não contabilizam a quantidade de coisas que aconteceram, mas alguns contém textos que seriam classificados quase como bons. Os textos que não são meus são realmente bons.

E já que estou aqui, por que não falar de 2016?
Não sou robô sem expectativas, mas de verdade não pensei ainda. Continuo com as certezas das coisas que eu não quero e o resto deixo acontecer.

Ah sim, tem uma coisa que quero por muito tempo, tanto que 2016 é pequeno demais pra servir como referência.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Um belo dia

Quando saiu do quarto, era mais um belo dia amanhecendo. A montanha com a forma de gigante iluminada a leste, os picos amarronzados continuavam a pintar o horizonte e a brisa do mar soprava do oeste.
Só não entendia a euforia, nada havia mudado! Por que as pessoas pareciam mais felizes? Andou no meio dos desconhecidos e lhe diziam feliz ano novo ao passar. Fora isso e a felicidade, nada de diferente.

E então, saiu do quarto, era mais um belo dia amanhecendo. A montanha com a forma de gigante iluminada a leste, os picos amarronzados continuavam a pintar o horizonte e a brisa do mar soprava do oeste.
Tudo estava como antes, mas que notícia trágica tinha perdido? Andou no meio das pessoas e recebeu somente olhares estranhos. A euforia havia sumido tão rápido havia aparecido.

Que mundo complicado, pensou. Controlados por uma folha de papel que no final é jogada fora para dar lugar a um novo papel, até o bloco todo acabar e ser trocado por um novo. O que aquele dia igual aos outros tinha de especial? Será a comemoração da troca dos blocos de papel? Será que esses caracteres marcados em vermelho fazem as pessoas se sentirem felizes?

Tentou falar pras pessoas ficarem felizes novamente, não funcionou. Duvidou da própria sanidade, podia ser feliz também nesse dia não especial? Não só podia, como deveria. Em uma breve epifania, decidiu que não iria se deixar controlar pelo ciclo das trocas de blocos de papel, não!

Decidiu ser feliz todos os dias.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Mais uma do tempo

O tempo passa
É uma certeza
Não diminui
Nem acelera o passo
Passa

A percepção existe
Rápido e devagar
Divertido e chato
Enganador
Não muda o passo

Então porque longe é uma eternidade
E perto é tão rápido que já acabou
Será que o corpo não aguentaria
Perceber que é feliz por tanto tempo,
E o tempo o protege?

Não foi citada a distância,
E só o tempo já é capaz de dar um duro golpe
Não se cita a distância dessa vez

A idéia é: não tem problema
Tem bastante tempo pra ficar junto
Depois.
Não me agrada deixar nada pra depois.
Mas é pra depois mesmo que quero contar
Então, só nesse caso, que envolve Mister especial
Vou deixar pra depois
E depois
E depois...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

About: Love Is In The Small Things

Sometimes, love can be found in the simplest things, like spending a blissful morning in the kitchen

You can be in the same room without having to do everything together

It is hugging each other accidentally while sleeping

Even the most mundane tasks are more fun when you do them together

Even shopping for food can be exciting

True love means putting everything aside just to hug

The biggest dilemma is often what to eat for dinner

Even if you’re feeling a bit blue, there’s always someone that will hold your hand

Love is about the little things

Happiness is when both of you read in bed after an exceptionally tiring day

Building IKEA furniture is like playing with LEGO when it’s just the two of you

Sometimes, you have to ask hard questions

Cooking together often becomes the most challenging and the most fun task

Even the tiniest problems matter to your loved one

It’s having those long talks in bed about everything and anything

It’s when you know your favorite cuddling positions

It’s having a favorite cafe, where only you two matter

The cold autumn wind can’t touch you because your heart always stays warm

Love means knowing when you need to say sorry

There is nothing more comfortable than falling asleep on your loved one’s lap

It is about exploring new things, even if it’s just your neighborhood park

It’s knowing that it’s not always rainbows and butterflies, it’s compromise that moves us along

As long as both of you are headed the same way…

…Everything will be just fine

Fonte aqui

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

The One Quality Great Teammates Have in Common

By John O’Sullivan

“Coach, can I talk to you?”
“Sure,” I said. “What’s on your mind today Michael?”

“Well, I just want to know what I can do so I get to start more games and get more playing time as a center midfielder. I don’t think I am showing my best as a winger, and my parents tell me I am not going to get noticed by the college scouts unless something changes.” Well Michael,” I said, “there is something that all coaches are looking for from the players they recruit. In fact, it is exactly what I am looking for from you as well. If you approach every practice, every fitness session, and every match with this one thing, I think you will see a huge improvement in your play, regardless of where you play. Interested?”

“Of course, coach. What is it?”

I waited a moment before I answered to make sure he was listening.
“You have to stop asking what you can get, and start asking what you can give. You must serve.”

Michael furrowed his brow as he tried to process what I told him.
“You want me to serve the team, like with food?”

I smiled, “No Michael, serving others is the one thing that unites successful people, from friends to employees to athletes to business owners. The great ones know that to be more they must become more, and to become more they must serve others.”

“So, you are saying that instead of asking what I can get from the team, I should be asking what I can give to the team?”

I wanted to leap out of my chair and hug him.

Michael got it. It’s not about him. It’s not about me. It’s about service. The tool that would eventually earn him more playing time and increase his chances of playing in college serving others by focusing upon what he could give, instead of what he could get.

My great friend and coaching mentor Dr. Jerry Lynch is the founder of Way of Champions is the winner of 34 NCAA titles and one NBA World Championship as a sport psychologist and consultant. He calls this paradigm-shifting question the most effective question an athlete can ask, and an attitude that every coach must try and instill in his or her team.

We live in a world these days where self-centeredness and a ‘what’s in it for me” attitude of entitlement is far too prevalent. In the age of the selfie, Instagram, Facebook and a million other ways to say “look at me,” the concept of teamwork and the importance of service to others has gotten lost in the shuffle.

This is very sad, because service to others is the exact thing that athletes need to not only become elite performers, but the type of athlete that coaches look for, celebrate, and fight over at the next level. Do you want to stand out from the crowd? Start by serving everyone in that crowd.

Far too many athletes bring the attitude of “what do I get” to practice and games. They want to know how they can:
Get to start
Get more playing time
Get to play my favorite position
Get to score all the points/goals
Get to work hard when I want to
Get to show up (physically and mentally) when I feel like it
Get to give less than my best because I am an upperclassman
Get attention as the star player

Sadly, this is the path to short-term satisfaction, at the expense of long-term development and high-level performance. This attitude does not promote success; it inhibits growth on and off the field, the court, and the ice.
If you want your athletes to perform at their very best, whether you are a parent or coach, then you must get them the right question.

What can I give?

Athletes who ask themselves what they can give bring “I can give/I can do” attitudes and actions to the table for their teams. The can actually “get” everything they are looking for simply by starting with the following service oriented ideas:
I can give my best effort in practice and games
I can give my team a positive attitude no matter what the circumstances
I can give my team a boost no matter how many minutes I play
I can give my team a better chance to win no matter what position I play
I can do the dirty work so my teammate can score the goal and get the glory
I can sacrifice my personal ambitions for the better of the group
I can lead by example
I can be an example of our core values in action

As a coach, I used to think that the most important thing was to have my best players be my hardest workers. But now I realize that isn’t enough. Being a hard worker can still be a selfish pursuit.

No, the most important thing as a coach is to have a team that all ask “what can I give,” especially when it come to your captains, your upperclassmen, and your most talented athletes. You must teach them that the selfish attitude may once in a while lead to success, but the selfless attitude leads to excellence, celebrates the success of others, and makes you the type of athlete that EVERY COACH wants on his or her team.

The most successful sports team in the professional era is not the NY Yankees, or the Boston Celtics, or Real Madrid, but a team from a far less known sport. It is the New Zealand All Blacks in rugby, who have an astonishing 86% winning percentage and numerous championships to their name. In the outstanding book about the All Blacks called Legacy, author James Kerr discusses one of their core values that epitomizes the selfless attitude.

It’s called “Sweep the Shed.”

You see the goal of every All Blacks player is to leave the national team shirt in a better place than when he got it. His goal is to contribute to the legacy by doing his part to grow the game and keep the team progressing every single day.
In order to do so, the players realize that you must remain humble, and that no one is too big or too famous to do the little things required each and every day to get better. You must eat right. You must sleep well. You must take care of yourself on and off the field. You must train hard. You must sacrifice your own goals for the greater good and a higher purpose.

You must sweep the shed.

After each match, played in front of 60,000 plus fans, in front of millions on TV, after the camera crews have left, and the coaches are done speaking, when the eyes of the world have turned elsewhere, there is still a locker room to be cleaned. By the players!

That’s right, after each and every game the All Blacks leading players take turns sweeping the locker room of every last piece of grass, tape, and mud. In the words of Kerr: “Sweeping the sheds. Doing it properly. So no one else has to. Because no one looks after the All Blacks. The All Blacks look after themselves.”

They leave the locker room in a better place than they got it. They leave the shirt in a better place than they got it. They are not there to get. They are there to give.

If you are a coach, recognize that by intentionally creating a culture where players seek to give instead if get, you will have a team that not only develops excellence on and off the field but is a team that is much more enjoyable to coach. Create a culture that rewards the 95% who are willing to give, and weeds out the 5% who are trying to get. When you do, the “getters” will stick out like a player who is vomiting: he feels better and everyone else feels sick. Eventually, he will get on board, or be thrown off the ship.

Parents, teach your children to be teammates who give. It will not only serve them well in athletics; it will serve them well in life.

For as former NY Yankee great Don Mattingly so eloquently stated:

“Then at one point in my career, something wonderful happened. I don’t know why or how . . . but I came to understand what “team” meant. It meant that although I didn’t get a hit or make a great defensive play, I could impact the team in an incredible and consistent way. I learned I could impact the team in an incredible and consistent way. I learned I could impact my team by caring first and foremost about the team’s success and not my own. I don’t mean by rooting for us like a typical fan. Fans are fickle. I mean CARE, really care about the team . . . about “US.”

Mattingly continued: “I became less selfish, less lazy, less sensitive to negative comments. When I gave up me, I became more. I became a captain, a leader, a better person and I came to understand that life is a team game. And you know what? I’ve found most people aren’t team players. They don’t realize that life is the only game in town. Someone should tell them. It has made all the difference in the world to me.”

Please share this article with an athlete or a team that matters to you. Encourage, no implore them to take Don Mattingly’s advice, to take the All Blacks advice. Come to prepared to compete, and to be a “giver” and not a “getter.”

You will stand out.

You will be a difference maker.

And you will get everything you want by giving full of yourself, and helping everyone else get what they want.
It changes everything.

Please share your thoughts below on what it means to give instead of to get.

Fonte: Changing the game Project

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Na calada da noite

Na calada da noite
A água se esconde
No meu travesseiro
Ou debaixo do chuveiro

Na calada da noite
O silêncio do que não foi dito
Ecoa no pensamento
Mais alto que um grito
Atormenta meu sentimento
Me sinto errada
Sinto muito
Muita coisa junto

Na calada da noite
Descobri duas fraquezas
Gostar demais
Pensar demais

Na calada da noite
Descobri duas belezas
Gostar demais
Pensar demais

Na calada da noite
Nada pode ser feito
E é difícil dormir
Com esse vazio no peito

Na calada da noite
Se eu gritar
Sei que vai me ouvir
Mas não quero te assustar

Na calada da noite
Espero o tempo passar
Pra escrever com calma
Tudo que preciso dizer

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