2009 é o começo do blog e os posts basicamente contem pensamentos imediatos nem um pouco desenvolvidos e muita coisa copiada da internet de sites de humor bobinho.
Então 2011 começa na mesma onda que estava 2010, sem nada muito trabalhado e os posts ainda naquela mistura de diário com bobeiras engraçadas da internet. Mas mais uma vez em setembro algo gera um post mais denso, chamado Pedaços. Ele traz uma temática heartbreaker que dura mais uns 2 ou 3 posts e termina no fim de 2011 com Resposta da questão, onde parece que eu encerro o assunto da minha parte.
Paro aqui pra analisar a minha trajetória. Até aqui eu estava provando um jeito de viver bem tranquilo. Tinha tanta coisa pra me ocupar e pra descobrir sobre mim que eu não conseguia pensar em me relacionar com alguém. Em um momento anterior até pensei nessa possibilidade, mas a desilusão amorosa me levou pra um caminho defensivo que queria saber só de mim e mais nada.
2012 tem um tom novo, cheio de dúvidas sobre minha liberdade e o que quero fazer da vida. Um post de março resume bem como consegui ser aprovada no intercâmbio e a partir daí começa uma série sobre o acaso e o dilema ir ou não ir pro intercâmbio. E quando decido que vou, começam os posts reflexivos sobre o que acontece com o que fica. A parte de 2012 no intercâmbio volta a ter o tom de diário com a intenção de registrar o que eu vivia por lá, mas tem um único poema saudoso. Estava curtindo o auge da minha liberdade, provando os lados bons e ruins do começar do zero. E achei uma pérola em italiano, o desabafo e a cicatrização definitiva da ferida antiga, dos posts de 2011. Forse é a conclusão dessa primeira jornada.
2013 estou em Florença. Que espetáculo. O inverno tinha me castigado mas eu levantei com tudo e iniciei a exploração e o meu descobrimento. Peguei a mochila e viajei mais do que poderia. Os posts falam disso e chega um momento que estou vivendo tanto que não paro pra escrever mais nada de interessante. O fim do intercâmbio é acompanhado dos 3 posts de julho, sendo que um deles eu não sei de onde veio.
Posso dizer que o semestre não registrado de 2013 passei por muita coisa maluca. Estava meio perdida descreve bem esse tempo. Toda intensidade tinha que ser colocada de volta no recipiente rotineiro. Eu era um leão selvagem recém colocado com outros num zoológico.
Comecei a me reencontrar quando fui pro Chile e conheci a irmã da Loreto. Nós 3 saímos pra passear sob a cordilheira dos Andes e comecei a me reestruturar. A ficha da garota que tinha ido pro intercâmbio caiu pra dar espaço pra eu construir em cima de tudo que tinha aprendido. Foi um toque feminino que eu ainda não tinha escutado, e foi essencial.
Retomei o blog numa lerdeza, mais porque precisava de um lugar particular pra expiar meus pensamentos. Vivia uma problemática pra me readaptar ainda em dezembro, e dezembro também cortei muitos laços com pessoas que finalmente percebi que me ancoravam. Nesse momento eu percebo hoje que era o passo necessário pra eu poder iniciar a minha preocupação com os relacionamentos.
2014 ia começar do zero em diversos aspectos e isso me deu muita energia. Poucos posts de um ano em que muita coisa aconteceu. Os primeiros meses de 2014 foram um pouco conturbados, verdade, mas serviram pra me guiar estilo terapia de choque. As besteiras foram necessárias pra me colocar no caminho certo.
2015 foi um ano diferente, efetivamente ele está encerrado desde o dia 23 de dezembro pra mim. Experimentei um lado meu que eu não conhecia e que eu gostei bastante, apesar de ser um pouco frágil demais pro meu lado racional.
São poucos posts nesses 2 anos que não contabilizam a quantidade de coisas que aconteceram, mas alguns contém textos que seriam classificados quase como bons. Os textos que não são meus são realmente bons.
E já que estou aqui, por que não falar de 2016?
Não sou robô sem expectativas, mas de verdade não pensei ainda. Continuo com as certezas das coisas que eu não quero e o resto deixo acontecer.
Ah sim, tem uma coisa que quero por muito tempo, tanto que 2016 é pequeno demais pra servir como referência.