quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Um belo dia

Quando saiu do quarto, era mais um belo dia amanhecendo. A montanha com a forma de gigante iluminada a leste, os picos amarronzados continuavam a pintar o horizonte e a brisa do mar soprava do oeste.
Só não entendia a euforia, nada havia mudado! Por que as pessoas pareciam mais felizes? Andou no meio dos desconhecidos e lhe diziam feliz ano novo ao passar. Fora isso e a felicidade, nada de diferente.

E então, saiu do quarto, era mais um belo dia amanhecendo. A montanha com a forma de gigante iluminada a leste, os picos amarronzados continuavam a pintar o horizonte e a brisa do mar soprava do oeste.
Tudo estava como antes, mas que notícia trágica tinha perdido? Andou no meio das pessoas e recebeu somente olhares estranhos. A euforia havia sumido tão rápido havia aparecido.

Que mundo complicado, pensou. Controlados por uma folha de papel que no final é jogada fora para dar lugar a um novo papel, até o bloco todo acabar e ser trocado por um novo. O que aquele dia igual aos outros tinha de especial? Será a comemoração da troca dos blocos de papel? Será que esses caracteres marcados em vermelho fazem as pessoas se sentirem felizes?

Tentou falar pras pessoas ficarem felizes novamente, não funcionou. Duvidou da própria sanidade, podia ser feliz também nesse dia não especial? Não só podia, como deveria. Em uma breve epifania, decidiu que não iria se deixar controlar pelo ciclo das trocas de blocos de papel, não!

Decidiu ser feliz todos os dias.

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