sábado, 17 de dezembro de 2011

Talvez faça sentido

Agora sinto que o semestre acabou.

Não foram as últimas notas que esperei para acabar o ano. Não precisava me preocupar mais com elas.

Ainda faltava um campeonato. Acabou.
Ah, os campeonatos......

Já passei por algumas faculdades e acabei justamente no lugar certo.
Quanta pressão, quantos conceitos falhos e julgamentos desnecessários são feitos na maldita época do vestibular. Tive que passar por tudo que passei pra entender qual o meu lugar, qual faculdade fazer.

NADA do que me falaram foi útil. Só acertei quando obedeci minha mãe.
Eu sabia o que queria, só não sabia onde encontrar.

Conseguir conciliar estudos com esporte, era essa a minha meta uns 2, 3 anos atrás.

Só minha mãe sabe o que eu passei e o meu desespero para tentar algo que parecia impossível. Depois de jogar tudo pro alto, ligar o botão "dane-se". Depois de tentar o que parecia mais certo e confortável, superar um mini-trauma. Obedeci, segui a família e justamente por seguir a família, consegui me libertar dela.

Hoje posso dizer que essa meta foi alcançada, e junto com o esporte, mais uma vez, veio um time de amigas.

Eu poderia surtar só de parar pra pensar, quando fecho os olhos e visualizo todo mundo, todas pessoas que cruzaram o fio do meu destino graças à uma bola.

uma bola, 4 linhas e redes. Não falo só do futebol aqui..... Mas do vôlei também....

Quão pequeno seria o meu mundo sem isso. Talvez eu estivesse na bolha ainda....

Minha bolha, da zona norte, bairrista e familiar, resumindo. Morar fora, estudar perto, estudar no meio.
Ser livre pra poder andar por aí sem depender de ninguém, sem precisar se explicar pra ninguém.
Sem ter motivo.
Andar na chuva sem pressa.
Andar com o short sujo do jogo.
Não dar a mínima bola ou mesmo nem pensar que o cara que passou por você reparou e te julgou.

Estourei a bolha suavemente, aos poucos, como um filhote saindo de um ovo. Guardei alguns pedaços, não todos, porque preciso estar leve pra voar cada vez mais longe, mas pra ter um lugar pra me proteger sempre que eu precisar voltar.

E, depois de todas as conquistas do ano, parto para o ano que vem satisfeita, querendo mais.

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