O dia que eu enlouquecer de verdade ninguém vai perceber...
Nesse dia talvez meu cérebro vá fritar, meus neurônios derreterão e talvez eu aparente ser mais normal.
Talvez. Talvez?
Se esse dia chegar, não quero que você me veja, suscetível aos conformismos da sociedade, com minha parte original bloqueada, sem meus gestos espontaneos, minhas frases inpensadas e minhas perguntas inocentes.
Se esse dia chegar, não sei quem vai sobreviver, se serei eu - presa como expectadora da minha vida não vivida -, ou a minha pior parte - a parte que não pensa, não cria e só age com o rebanho.
Não quero que esse dia chegue. Não quero me encaixar, não quero ficar na bolha.
Não quero muitas coisas mas também quero o mundo.
Vários mundos.
Quero realizar todas as minhas vontades.
Minha vontade de aprender, de amar, de lutar, de correr, de viajar.
Não sei se há tempo para tudo isso.
Mas nesse meio tempo aprendi que o tempo pertence a uma coisa de cada vez e também não pertence a nada.
Não está aqui e está passando.
Está passando, trazendo e levando as coisas embora.
Vou com ele, mas volto. E quando eu voltar, muita coisa terá ido.
Preciso estar pronta.
Preciso querer.
Mas e o medo?
O medo vai ter que ficar pra outra vez...
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