As pessoas lotam bares, festas, carnavais.
Arrumam o cabelo e colocam perfume.
Pintam as unhas, depilam as pernas.
Procurando.
Predadores e predadoras em busca de algo.
Só beijos, só sexo, ou amor?
Nas frequentadas baladas (essa palavra já penso com escárnio)
Estão em busca de diversão.
Diversão em diversas formas.
Só dançar, só beijar, só flertar.
Mas essa busca é muitas vezes vazia, lotada de estereótipos e julgamentos e muita leitura corporal.
A maquiagem e o gel no cabelo cobrem a verdadeira personalidade que está em busca de algo.
Algo que não vai encontrar ali, nem no restaurante nem em lugar nenhum.
Algo está dentro de cada um.
E quanto mais inebriado e oculto pelas materialidades, bebidas, mais longe ficará Algo.
Pode se divertir no bar, na balada, mas não vai ajudar a resolver o vazio de dentro.
Antes eu via natural as pessoas quererem essa diversão.
Mas hoje vejo um pouco diferente.
É como se fosse um efeito narcótico, bom no momento mas depois o vazio de antes aparece ainda maior.
A volta ocorre para trazer a felicidade de antes, mas cada vez precisa mais e mais para saciar.
O ciclo está pronto e o vazio camuflado.
Está é dentro de cada um a vontade de ser feliz e estar feliz, e é dentro que tem que ser buscada essa felicidade.
Uma criança me perguntou hoje vários porquês em sequência. Consegui chegar ao ponto de dizer que as pessoas são controladas pelo dinheiro e fazem coisas erradas porque se afastaram de deus (e aqui qualquer deus é válido) e consequentemente esqueceram de como viver em sociedade, esqueceram dos valores que regem a soliderariedade e principalmente esqueceram a cordialidade.
A cordialidade que surpreende e traz um instante de ternura com um desconhecido e contagia.
Não dá pra ser feliz sozinho.
Encontrar a própria chama de felicidade e espalhar o máximo por aí como o fogo se espalha na mata seca.
Isso que quero e que tento fazer nos meus dias.
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