segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

About: Aborto e tecnologia para crianças

Uma amiga colocou dois posts polêmicos no facebook.

O sobre aborto gerou uma discussão imensa, com diversos exemplos, muito argumento batido, muito argumento bom.
Acabei nem comentando nada por ter demorado pra ver o post, mas preferiria ter o aborto legalizado, por proteção de quem opta por fazer.
Ao mesmo tempo pode banalizar o ato, facilitar demais? Mas e quem precisa? E quem precisa, precisa mesmo ou poderia ter evitado? Enfim, complexo.
Ouvi da minha mãe que a nonna dela abortava em casa, com chás e folhas. Olha o risco! Mas numa época sem métodos contraceptivos, em que as mulheres eram muito submetidas ao masculino, era um meio de se proteger. Mas ela era meio maluca, dizia "pra que uma prole de filhos, preciso viver minha vida". Não era o fruto de um estupro, ou uma relação indesejada também é um estupro não? Sim?
E essa cabeça dela de não querer muitos filhos era diferente da época. A outra avó da minha mãe teve sete filhos e disse pras outras mulheres que os maridos faziam filhos na rua, por isso tinham poucos filhos.
Tradições, mentalidades, moral. De uma época em que falar sexo era motivo para punição, hoje sexo ser tabu é mais por ser uma questão muito particular de gostos e possibilidades.
Mas voltando ao aborto, acho mais seguro ser legalizado para as mulheres que precisam. Mas que mesmo assim deve ser muito bem pensado. Tanto antes de fazer o filho quanto depois que o filho já foi feito.

Sobre a tecnologia, o foco eram as crianças que ficam muito tempo com Ipads e smartphones. Conversei com minha mãe outro dia sobre esse comportamento e achei bem preocupante. Pode ser educativo em alguns momentos, mas se já é complicado para adultos se absterem do virtual no cotidiano, sendo que não nascemos com celulares nos bolsos, que dirá uma criança ficar a mercê desses aparelhos? Não acho que seja saudável utilizar o aparelho como meio de distração. Crianças precisam de muita interação, atenção e convívio social. Mexer nas coisas cria sinapses mentais, formatos, textura, peso, coisas que o touchscreen não pode fornecer.
É inevitável o contato com a tecnologia. Mas é possível criar interesses em outras coisas e ensinar que a tecnologia é um recurso, não um escravizador da sociedade.
O adulto tem que saber alcançar a criança no limite que a direciona para a educação que ela precisa ter. É a diferença entre estabelecer um diálogo na linguagem delas e o de ficar conversando imitando criança falando tudo errado.
Posso só imaginar o que é ter filho(s) e me preocupa demais essa questão da tecnologia e como lidar com ela, até porque eu não tinha isso na minha infância, não tive exemplos.
Os nascidos na tecnologia estão vindo agora. Por eles, me preocupa a correria do mundo, o aparente encurtamento do tempo e sim, porque não, a tecnologia.

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