sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mackenzie 145 anos

Eu entrei no mackenzie, engenharia civil em 2010. Descobri o auditório Ruy Barbosa alguns meses depois.
Olhei praquele palco e criei um objetivo secreto de subir ali pra alguma coisa. Alguma coisa que não fosse a colação de grau. Queria me apresentar ali, um show.
Passaram - se 6 anos. Até fora do país morei. Voltei e aquele objetivo dormia renegado. Uma coisa que parecia distante.
Mas então voltei pra arte. Consegui entrar para o coro jovem cênico do mackenzie no último ano da faculdade!
Nunca é tarde pra cantar!
Todas as sensações de 10 anos atrás,  primeira vez que subi no palco do meu colégio, voltaram.
A primeira apresentação não foi no Ruy Barbosa. Mas estava feliz por estar no palco de novo. Eu, tão acostumada a novos campos, me sinto acuada pelas luzes, o som. Mas quando começo a apresentar, a magia aparece, e as luzes e o som parecem fazer parte de mim.
E então, no meio do ano, lá estava eu pra primeira subida no palco do auditório.
Foi mágico.
Público pequeno, congresso de psicologia. Não importava.
A magia estava ali e o meu objetivo antigo realizado: um dia o palco do Ruy Barbosa foi meu. Podia me formar feliz.
E então, 2 dias de surpresa.
Uma grande festa. A festa de 145 anos do mackenzie. Não sabia da magnitude do evento. Achei que fosse mais uma apresentação normal nossa, mas não.
Super produção, luzes, playback que nosso grupo levou duas noites de cantoria intensa. Ensaios e luzes. Muita luz.
Chegou o grande dia. Que energia diferente.
Fizemos nossa parte e pude ver a mobilização de toda instituição pro evento. Mackenzistas fazendo um belo show.
E eu mais uma vez conquistando meu objetivo. Mais forte agora, outra sensação. Única.
Vou me formar como milhares se formaram antes de mim. Mas quantos sobem naquele palco antes de estarem formados?

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sou

Eu sou assim, meio mandona, meio calma, sensível mas não demonstro. Tenho vergonha de pedir carinho e sou dona das minhas atitudes. Sou movida pela emoção mas sempre consulto a razão.

Sou tranquila, tranquilaamente. Eu sou sim e não, muito mais talvez. Difícil me entregar de corpo e alma, um pouco do bom é melhor que nada. Sou bonita e me escondo, guardo no peito uma dose de insegurança mas enfrento as coisas com a certeza de que vão dar certo. Amo meu amor próprio. Eu sou olhar e silêncio.

Sou sorriso fácil, mas também lágrima. Quero atenção, mas só de quem importa. Sou feliz na minha companhia e acredito que o amor vale a pena. E nele se multiplicam abraços e dividem-se problemas. Posso ser o seu melhor sonho ou seu pior pesadelo e ambos são sua responsabilidade. Eu tento sempre fazer o bem e mostro amor nos pequenos gestos.

Sou verdade, personalidade. Sem essa de "metamorfose", sou o que sou, não o que os outros querem, ou pensam. Delicada ou firme, o que o momento pedir. Sou suave como uma brisa, intensa como uma chuva de verão, forte como um vendaval... às vezes imperceptível. Sou muito, mas para poucos. Sou o que você merece.

Sou diferente. Nem melhor, nem pior, me compare a ninguém, porque sou única.

(adaptação pessoal do texto da terapia de alice)

E como diria Clarice Lispector
"Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar."

sábado, 17 de outubro de 2015

O que fazer e o que eu quero

Vejo umas coisas e parece que as pessoas querem ou viver uma vida sofrida para ter algum tipo de conclusão final de que sofreu mas sobreviveu ou então para viver momentos que depois os outros vão ficar sabendo e se emocionar e achar lindo aquele amor que superou milhões de dificuldades.
Eu quero uma vida pacata, que todas as pequenas coisas dêem certo e nada seja muito complexo.
Quero chegar em casa e comer miojo porque tá tarde.
Ou comer miojo pq meu irmão fez um pra ele e o cheiro me deu vontade.
Quero chegar em casa e comer arroz com feijão e ovo e depois virar a bunda pro alto pra soltar um pum e ouvir minha mãe reclamar.
Quero inteligência pra resolver os problemas e não deixar eles chegarem perto.
Quero caixas de som com wifi pra eu ter música tocando na casa toda.
Quero cozinhar coisas boas e comer feliz.
Quero cozinhar coisas que eu penso que vão ficar boas e depois rir porque ficaram ruins.
Quero papear ou mesmo só escutar o que tem a dizer.
Não quero nenhuma emoção dramática.
Nem ato de demonstração de amor eterno.
Muito menos sacrifícios em prol da humanidade.
Só acordar de manhã, tomar um café.
Pegar um sol pra passear com o gato.
Depois voltar, quem sabe ir trabalhar
E então encontrar com você.
Deixar o tempo passar ao seu lado
Desse jeito fácil e despreocupado.
Tomar outro café e falar como eu canto desajeitado.
E dormir tranquilamente, sem dúvida do que escolhi.
É estranho pra quem sempre fez tudo sozinha,
Parece fraqueza querer ficar acompanhada.
Mas não é "não faço isso sozinha"
Nem "não quero ficar sozinha por isso não vou fazer".
É um terceiro elemento, que é a vontade de estar com você.
Poder escolher é uma grande responsabilidade.
Porque é fácil ter uma obrigação. Imposição e ponto. Fácil de conviver.
Difícil é poder escolher e escolher sem medo.
Então "ahh se eu tivesse ido" vai surgir em algum momento?
Será que daqui uns anos eu vou pensar no jogo que não fui pq quis ir cantar e depois conversar ao invés de jogar?
Ou vou ficar pensando que deveria ter ido conversar ao invés de jogar?
Talvez no momento possa até balançar na minha escolha, mas preciso escolher sem ter dúvidas.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Circo Universo Casuo

Eu não me lembro de ter visto um espetáculo circense. Mas desse não vou esquecer.

Casuo é o idealizador do espetáculo. Se demitiu do Circo de Soleil pra realizar o próprio sonho, com a própria companhia. Maluco? Um outro maluco disse que loucura é ver a vida como ela é ao invés de como deveria ser. E outro mais doido ainda disse que realizar o sonho pequeno ou o grande tem a mesma dificuldade, então era melhor sonhar grande. Mais influenciado pela última frase do Walt Disney, Casuo seguiu seu sonho.

A influência do circo de soleil é perceptível. Luzes, palhaços, cantora, banda, nomes alternativos. Não chega a ser uma cópia devido às proporções,  mas se uma coisa é boa porque não usar como referência? É difícil se arriscar a se basear no circo de soleil, é um desafio e tanto.

Mas o Casuo conseguiu montar um espetáculo maravilhoso. A primeira apresentação foi de dupla "mão na mao" como dizem no circo. Os dois artistas/atletas não usam nenhum elemento auxiliar, só um como apoio pro outro. A coreografia dos dois e a música me emocionaram e iria embora contente só por ter visto isso.
Mas teve muito mais coisa. Apresentações solo de malabarismo com claves, bolas e aros, um palhaço de bike freestyle passando por cima do convidado, um artista nas fitas, parece argola da ginástica, a moça no tecido, um guru super elástico, um artista num bambole gigante e o palhaço Casuo com a piada da agonia. Em duplas teve o casal mão na mão e duas moças num bambolê pendurado. Todos acompanhados pela banda.

O fechamento com um belo texto recitado pelo palhaço que me comoveu.

Me sinto especial por poder vivenciar 2h de capacidade super-humana de utilização do corpo e de música boa, em ótima companhia.

Esse espetáculo agitou muitos sentimentos bons dentro de mim e por isso sou grata.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Como lego que não desgruda

A gente se encaixa
como lego que não quer desmontar
Tudo grudado
E só com uma força muito forte pra soltar

A gente se aconchega
Começa a relaxar
Meu frio e seu calor são perfeitos
Fazem dormir e até sonhar

A gente se permite
Ficar bem embolados
Juntinhos, parados

A gente faz carinho
Cafuné, dorme e olha a hora!
Ficou tarde, preciso ir embora

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Quero martelar a cabeça de quem não gosto

Mais uma pra lista de músicas italianas. Esta é um clássico das antigas!

Datemi un martello  /  Me dê um martelo
Che cosa ne vuoi fare  /  Que coisa vai fazer?
Lo voglio dar in testa  /  Quero bater na cabeça
A chi non mi va  /  das pessoas que não gosto
A quella smorfiosa  /  Daquela arrogante
Con gli occhi dipinti  /  com os olhos maquiados
Che tutti quanti fa ballare  /  que faz todos dançarem
Lasciandomi a guardare  /  e eu só olhando
Che rabbia mi fa  /  que raiva eu fico

Datemi un martello  /  Me dê um martelo
Che cosa ne vuoi fare  /  Que coisa vai fazer?
Lo voglio dar in testa  /  Quero bater na cabeça
A chi non mi va  /  das pessoas que não gosto
A tutti le coppie  /  de todos os casais
Che stano appiccicati  /  que estão se beijando
Che vogliono le luce spente   /  que querem as luzes apagadas
E le canzone lente  /  e as músicas lentas
Che noia mi da  /  Ai que saco

E datemi un martello  /  Me dê um martelo
Che cosa ne vuoi fare  /  Que coisa vai fazer?
Rompere il telefono  /  Destruir o telefone
L'adopererò perché sì!  /  Vou fazer isso porque sim!
Tra pochi minuti  /  Em poucos minutos
Mi chiamerà la mamma,  /  Minha mãe vai me chamar
Il babbo ormai sta per tornare,  /  Meu pai já vai chegar
A casa devo andare, ufa,  /  Tenho que voltar pra casa, ufa
Che voglia ne ho, no no no, che voglia ne ho  /  Que vontade tenho, não não não, cadê a vontade
Un colpo sulla testa  /  Um golpe na cabeça
A chi non è dei nostri  /  De quem não é dos nossos
E così la nostra festa  /   Assim a nossa festa
Più bella sarà.  /  Ficará mais bonita
Saremo noi soli  /  Seremos só nós
E saremo tutti amici:  /  E seremos todos amigos
Faremo insieme i nostri balli  /  Faremos o nosso baile
Il surf il hully gully
Che forza sarà...  /  Vai ser bem melhor

Pensamento para Época de Micael por Rudolf Steiner

"Temos que erradicar da alma todo medo e temor
do que o futuro possa trazer ao homem.
Temos que adquirir serenidade
em todos os sentimentos e pensamentos a respeito do futuro.
Temos que olhar para a frente
com absoluta equanimidade para com tudo o que possa vir.
Temos que pensar somente que tudo o que vier,
nos será dado por uma direção mundial plena de sabedoria.
Isto é parte do que temos que aprender nesta era:
Viver com pura confiança sem qualquer segurança na existência.
Confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual.
Em verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar.
Disciplinemos nossa votade e busquemos o despertar interior,
todas as manhãs e todas as noites."

Rudolf Steiner

Meditação para Época de Micael

Nego-me a submeter-me ao medo
Que tira a alegria da minha liberdade
Que não me deixa arriscar nada
Que me torna pequeno e mesquinho
Que me amarra
Que não me deixa ser direto e franco
Que me persegue
Que ocupa negativamente a minha imaginação
Que sempre pinta visões sombrias

No entanto,
Não quero levantar barricadas por medo do medo
Eu quero viver e não quero encerrar-me
Não quero ser amigável, por medo de ser sincero
Quero pisar firme porque estou seguro
E não para encobrir o meu medo
E quando me calo
Quero faze-lo porque amo
E não por temer as conseqüências de minhas palavras
Não quero acreditar em algo
Só pelo medo de não acredita-lo
Não quero filosofar
Por medo que algo possa atingir-me de perto

Não quero dobrar-me
Só porque tenho medo de não se amável
Não quero impor algo aos outros
Pelo medo de que possam impor algo a mim
Por medo de errar
Não quero me tornar-me inativo
Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável
Por medo de não me sentir seguro no novo

Não quero fazer-me importante
Porque tenho medo que se não, poderia ser ignorado

Por convicção e amor
Quero fazer o que faço
E deixar de fazer o que deixo de fazer

Do medo quero arrancar o domínio
E dá-lo ao AMOR
E quero crer no reino que existe em mim.

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