quinta-feira, 23 de maio de 2013

Lar

Nem tudo se pode conciliar, nem tudo.
Eu nao queria que fosse assim, nao queria te deixar triste, nunca. Mas certas oportunidades nao podem ser deixadas de lado.... e o sangue...
Se uma coisa me foi ensinada desde que tenho 6 anos de idade é o valor do laço de um irmao.
Um exemplo nao muito consistente de um lado.
E do outro uma fortaleza rigida e solida, matriarcal, que construiu aquilo que sou.

Na minha bolha, muita coisa nao entendia do mundo, das pessoas. 
Sai de dentro dela e entendo um pouco mais das coisas, estou um pouco mais esperta.
Esse pouco me ajudou a entender quem eu sou e porque sou assim.

Penso muitas vezes em pequenos gestos que cultivo como dona da minha propria casa compartilhada. Gestos que sem motivo tenho, ou pensamentos de coisas que me incomodam que eu nao sei direito o porque. 
Penso mais um pouco e sei que é porque sei que minha mae nao deixaria aquilo daquele jeito.
E depois sei também que ela nao faz assim porque minha avò nao faz. 
- Limpeza (e nem sou A pessoa mais preocupada com isso)
- potinhos - porque eu guardo tudo em potinhos? me perguntaram isso e a unica resposta que cheguei foi que eu guardo os vidros porque minha avò guarda e pouco a pouco tinha um pote pra cada coisa - farinha, café, sal, sal grosso, açucar....
- potes na geladeira, porque eu guardo tudo em potes na geladeira, coberto? pra nao cair residuo, pra nao deixar cheiro (pois é, nem todo mundo se preocupa com isso....)
- minhas contas estao guardadas em envelopes, que nem minha mae faz na casa da minha avo....

O meu toque pessoal: meu quarto. Ele é, e continua sendo bagunçado.... nao consegui ainda chegar num consenso nesse ponto. Talvez essa desorganizaçao/bagunça seja reflexo da minha mente sociopata/maluca + descompatibilidade mobiliar.
Mas ninguem pode dizer que eu nao me esforço pra arrumar. Eu realmente tento.
Mas roupas no chao nao deixo, nem comida. 
Nao é desleixo, é bagunça nas minhas coisas pessoais.
Sao as coisas que nao encontro lugar pra elas mesmo.....um dia consigo, boto fé.

Eu queria chegar mesmo na importancia da familia. 
Ter um ponto de apoio, uma rocha. 
Um ser quase intocavel, cuja palavra é lei. Essa é minha avò, que todos seguem porque sabem que ela tem razao. 
Absurdamente confiavel, estavel e culpada por criar essa maravilhosa bolha, que é o meu lar, pra onde quero imensamente voltar.

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