Julho minha mãe fez o passaporte para viajar comigo.
Agosto levou minha mãe após uma cirurgia.
Setembro fui para um congresso em Barcelona cumprir uma parte da viagem que planejei fazer com ela.
Outubro eu tentei aliviar o buraco no peito da minha avó.
Novembro eu fui com o Victor e o NGF jogar o Pan de Ultimate nos EUA
Dezembro a minha avó resolveu ir questionar Deus sobre minha mãe.
Nada muito pra se comentar sobre 2019...
Então, vamos a 2020
Janeiro consegui um pouco de paz de espírito com a família do Victor em Peruíbe e passei na USP.
Fevereiro completei 30 anos quase sem conseguir estar com minha família com tantas pessoas importantes faltando.
Março meu irmão casava com a Beatriz em Paraty e vivemos o segundo evento sem pessoas importantes. Foi um evento lindo e abençoado, certamente minha avó reservou uma data de sol para o evento diretamente com Ele.
No dia seguinte ao casamento, se inicia a pandemia e a quarentena infinita.
Para explicar o que foi (e ainda é isso), como me disse Rosa Maria, em um momento saudoso falando das minhas ancestrais: "pelo menos elas não estão aqui para viver essa pandemia"
(É, qualquer informação que alivie essa dor eu acho bem vinda.)
Abril, Maio Junho Julho..... Dezembro
2020 acabou e não avisaram a pandemia, haha
Dezembro passamos a virada do ano com meu pai escondidos em Sto Antonio do Pinhal. Foi uma boa escolha, ainda mais para o Victor que gosta de frio e para ficar um pouco longe da sociedade.
2021
Janeiro e a pandemia continua
Fevereiro e faço 31 anos como um almoço de domingo, com extra de bolo de chocolate.
Cheguei finalmente em março, ainda em março, e a pandemia continua.
Também não larguei a USP, apesar do meu histórico com universidades públicas.
Ainda me dói escrever e lembrar de 2019.
O tempo passa mas a dor não muda. Aprendi a conversar com elas dentro de mim, especialmente quando cozinho ou costuro.