quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

About: relacionamento - por Dr. Drauzio Varela

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?

“Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil”.

Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido.

Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

Dr. Drauzio Varela

26 + 1

É estranho chegar nesse ponto da vida. Depois de respirar por 27 anos, pensar nesse tempo que passou e quanto foi vivido e revivido.
Pensar que nasci junto com a comunicação móvel. Ter visto meu pai ter pager e o celular tijolão e ver meus alunos de 5 anos usando smartphones.
Escrevi carta pro papai noel à mão. Hoje mandaria um áudio no whatsapp (eu não mandaria áudio nenhum, não porque não acredito mais em papai noel, mas porque não gosto de mensagem de áudio).
Da pessoa que sempre quis dirigir à que dirigiu um monte por dia e agora praticamente só dirige no fim de semana.
Da menina que foi aprender futebol, era perdida no campo, à que ganhou muitos campeonatos com o time da faculdade e hoje joga Frisbee também.
Da melhor aluna da escola à adolescente perdida no vestibular,  perdida nas faculdades e agora tentando o título de mestrado.
Que caminho maluco foi esse que me trouxe até aqui, no mesmo lugar que nasci mesmo depois de passar por tantos lugares?
Quem decidiu as paradas e as pessoas que caminharam comigo. Em que momento elas entraram e saíram mas deixaram suas marcas invisíveis que me ajudaram a ser quem sou.
Que caminho maluco me colocou no seu caminho?
E como dois caminhos tortos podem andar paralelos?
Que magia do mundo faz eu transitar pra cima e pra baixo e voltar pra você sem me perder por aí?
Eu sinto muito forte a vontade de ser nós além de "eu".
Sinto que voltaria pra nós mesmo se eu precisasse viajar por muito tempo até chegar, mesmo se a marginal tivesse 300km e eu precisasse ir andando.
Sinto que o que sinto por você não vou sentir por mais ninguém.
Mas não era pra falar disso, era pra tentar entender como cheguei até os 27.
Cheguei tranquila, ansiosa em um bom aspecto. Afinal, 27 é um número interessante prós budistas e é o último ano do meu terceiro setênio.
Últimos anos são potencialmente marcantes.
Daqui um ano se eu me lembrar, publico o que marcou.
Daqui um ano, público o que mudou.
Até lá,  sigo meu caminho que se mistura com o nosso.
(Imagino como se fosse uma minhoca vermelha e roxa,, em que vermelho é o meu e roxo o nosso, e ela vai mudando de cor de acordo com o momento. E a sua seria azul, porque azul + vermelho = roxo)
Sem mais minhocas, encerro esta mensagem.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Qualquer dia é dia

Pra recomeçar, vou escrever sobre um momento.
Um momento curto no qual pensei que 12 de fevereiro fosse o tal do Valentine's Day.
Não foi para o mundo, mas foi para mim.

Porque não importa o que está estabelecido, mas sim o que pode se estabelecer. E quem inventou as datas e os dias não está mais entre nós, mas nós estamos aqui.
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