Só faltava a final. O último jogo do Engenharíadas foi o nosso.
Não importava se ia ter trânsito pra voltar. Não era pra pensar em votlar pra casa.
O pensamento era ganhar. Só que ia demorar um pouco pro nosso jogo começar....
Pela manhã fomos prestigiar o futebol de campo. Talvez demos azar pros meninos porque estava 1x0 quando a gente chegou e acabaram perdendo de virada, 2x1... Mal sinal.
O almoço não foi dos mais descontraídos. As brincadeiras aconteciam mas as risadas se extendiam por menos tempo.
Queria que chegasse logo a hora de jogar....
No ginásio, assistimos:
handball masculino x Poli - vitória - bom sinal
handball feminino x Poli - vitória - ótimo sinal
Futsal masculino x Poli - tempo normal: 1x1, prorrogação 2x2 - penaltis: vitóriaE finalmente chegava a nossa vez.
Chegam a ter um tom épico os confrontos contra a Poli. Quanta rivalidade envolve as duas engenharias? Só estando lá no meio para entender.
As baterias destruindo qualquer possibilidade de comunicação normal e as provocações no melhor estilo toma lá dá cá.
Fora da quadra é uma guerra.
Dentro da quadra é um respeito mútuo.
Errar é um luxo que não pode existir. Vacilar nem em pensamento. Depois que a bola rola não existe mais nada além de você e as outras meninas em quadra.
E a bola rolou...
Não tenho muita análise tática pra esse jogo, de verdade. Simplesmente pensava que precisava ganhar. E pra ganhar não podia levar gol. Na minha cabeça, não preocupava o fato de meu time não fazer gol, isso aconteceria normalmente, assim como o fato de que normalmente também tomamos gol. E era essa parte que eu estava preocupada em mudar.
Inspiradíssima, Day Ochai, nº7, abre o placar com um belo chute de fora da área.
Muito comemorado e logo esquecido. Não era um único gol que nos daria a vitória. Queríamos mais, só para garantir.
Sob pressão, nossa defesa estava boa e a delas também.
E fico muito feliz de em algum momento desse primeiro tempo ter evitado um gol contra nós.
E fiquei muito mais feliz quando a Day marcou outro golaço.
Em algum lugar distante do ginásio fizemos a pausa e voltamos pro segundo tempo preparadas pra levar muita bolada e nos defender da tática de goleiro-linha delas.
A tática do goleiro-linha funciona, mas ao mesmo tempo é um risco muito alto que se corre deixar o goleiro do meio pra frente e um jogador normal protegendo o gol.
Não estávamos conseguindo ficar com a bola, e quando consegui uma abertura na defesa "à la Day" chutei pro gol com tudo. 3x0 e muita festa.Sob extrema pressão, usamos a tática "quanto mais longe do gol a bola melhor". Chute pra fora ERA uma opção boa até quando o lateral era nosso.
Numa roubada, a bola sobrou no meu pé e eu estava louca pra isso acontecer. Queria chutar pro gol, não tinha goleira lá. E eu chutei e fiz o quarto gol.
O ginásio poderia ter caído em qualquer momento. Não dava mais pra elas. Reportagem do Esporte Universitário.Zirmão, BIcampeão do Engenharíadas (10/11)
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